terça-feira, 31 de maio de 2011

A Coragem para ser Feliz





Por Osho


Continuamos a perder muitas coisas na vida só por causa da falta de coragem. 
Na verdade, nenhum esforço é necessário para conquistar – só é preciso coragem – e as coisas começarão a vir até você, em vez de você ir atrás delas. 
Pelo menos no mundo interior é assim. 
E, para mim, ser feliz é a maior coragem. 


Ser infeliz é uma atitude muito covarde. 
Na realidade, para ser infeliz, não é preciso nada. 
Qualquer covarde pode ser, qualquer tolo pode ser. 
Todo mundo é capaz de ser infeliz; para ser feliz é preciso coragem – é um risco tremendo. 

Não temos o costume de pensar assim.
Nós pensamos: “O que é preciso para ser feliz? Todo mundo quer ser feliz.”
Isso está absolutamente errado.

É muito raro uma pessoa estar pronta para ser feliz – as pessoas investem tanto na infelicidade! Elas adoram ser infelizes.
Na verdade, elas são felizes por serem infelizes.

Há muitas coisas para se entender – sem entendê-las é muito
difícil se livrar da mania de ser infeliz.

A primeira coisa é:
ninguém está prendendo você;
é você que decidiu ficar na prisão da infelicidade.
Ninguém prende ninguém.

O homem que está pronto para sair dela, pode sair quando quiser.
Ninguém mais é responsável.

Se uma pessoa é infeliz, é ela mesma a responsável.
Mas a pessoa infeliz nunca aceita a responsabilidade – é por isso que continua infeliz.
Ela diz: “ Estão me fazendo infeliz” . 

Se outra pessoa está fazendo com que você seja infeliz,
naturalmente não há nada que você possa fazer.
Se você mesmo está causando a sua infelicidade, alguma coisa pode ser feita...
alguma coisa pode ser feita imediatamente.

Então ser ou não ser infeliz está nas suas mãos.

Todavia as pessoas ficam jogando nos outros a responsabilidade – às vezes na mulher, às vezes no marido, às vezes na família, no condicionamento, na infância, na mãe, no pai... outras vezes na sociedade, na história, no destino, em Deus – mas não param de jogar nos outros.
Os nomes são diferentes, mas o truque é sempre o mesmo.

Um homem torna-se realmente um homem quando aceita
a responsabilidade total – é responsável pelo quer que seja.
Essa é a primeira forma de coragem, a maior delas.

É muito difícil aceitá-la porque a mente vai continuar dizendo:
“Se você é responsável, porque criou isso?”.
Para evitar isso, dizemos que os outros são responsáveis:
“O que eu posso fazer? Não tem jeito... sou uma vítima! Sou jogado daqui para ali por forças maiores que eu e não posso fazer nada. Posso no máximo chorar porque sou infeliz e ficar ainda mais infeliz chorando”.

E tudo cresce – se você cultiva uma coisa, ela cresce.
Então você vai cada vez mais fundo... mergulha cada vez mais fundo.

Ninguém, nenhuma outra força, está fazendo nada a você.
É você e só você.

Isso resume toda a filosofia do karma – que é o seu fazer; karma significa ‘fazer’.
Você fez e pode desfazer.
E não é preciso esperar, postergar.
Não é preciso tempo – você pode simplesmente pular fora disso.

Mas nós nos habituamos.
Se pararmos de ser infelizes, nos sentiremos muito sozinhos,
perderemos nossa maior companhia.
A infelicidade virou nossa sombra – nos segue por toda a parte.

Quando não há ninguém por perto, pelo menos a infelicidade está ali presente
- você se casa com ela....
E trata-se de um casamento muito, muito longo;
você está casado com a sua infelicidade há muitas vidas.

Agora chegou a hora de se divorciar dela.
Isto é o que eu chamo de a grande coragem
– divorciar-se da infelicidade,
perder o hábito mais antigo da mente humana,
a companhia mais fiel.

OSHO, 
The Buddha Disease, # 27

domingo, 29 de maio de 2011

Espero que não muito distante..

Por Carolina (minha filha)

Eu abra a minha janela e sinta uma nova consciência mundial.

Eu espero um dia ver todas as pessoas sorrindo de felicidade.

Espero que as lágrimas de tristeza sequem.

Espero que aquele que hoje não ouve nada, ouça o som de um pássaro amanhã.

Aquele que nada vê, enxergue o mar.

Aquele que não fala, cante.

Eu espero que um dia aquele que tem menos possa ter muito mais.

Aquele que não tem nada tenha tudo.

Espero que as pessoas tenham mais segurança e conforto.

Espero que as pessoas amem mais e odeiem menos.

Que as crianças brinquem ao invés de trabalhar.

Que as crianças sejam crianças.

Que as pessoas tenham mais saúde.

Que não exista mais doenças.

Que todas as pessoas se tornem mais sábias para tomar decisões certas e não repetir os mesmos erros passados.

Que vivamos o presente sem pensar no passado e no futuro.

Que as pessoas amem de verdade e sejam honestas com o outro.

Que troquemos a mentira pela verdade.

Que troquemos a infelicidade pela alegria.

Que troquemos a angústia pela calma.

Que haja mais demonstrações de amor, que haja mais loucuras saudáveis em nome dele.

Que não tenham mais corações partidos.

Que as pessoas valorizem mais o que são por dentro tanto quanto tentam encontrar perfeição exterior, a perfeição exterior enjoa com o passar do tempo e a interior nos enriquece.

Que os pais aprendam com seus filhos e seus filhos aprendam com seus pais.

Que aquela pessoa não abandone seu animal de estimação, mas sim adote mais um.

Que acordemos um dia sem precisar sentir o gosto da carne, para poupar nossos amiguinhos.

Que nos vistamos com roupas e não com animais.

Que nos abracemos ao invés de brigarmos.

Que as pessoas digam mais palavras doces.

Que as pessoas sintam mais.

Que todos consigam alcançar suas metas e realizar seus sonhos.

Que as pessoas vivam por mais tempo.

Que as famílias se unam.

Que todas as religiões se tornem uma só, para não haver mais disputas.

Que mantenhamos a nossa fé.

Troquemos a guerra pela paz.

A dúvida pela escolha.

O stop pelo play.

Que as pessoas destruam menos e construam mais.

Que o progresso seja realmente progresso e não retrocesso.

 Que sejamos sempre;
LUZ!


 Carolina Pinheiro Marques

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Onde quer que você esteja, esteja por inteiro


Você pode dar outros exemplos da inconsciência comum?


Observe quando estiver reclamando, com palavras ou pensamentos, de uma situação que envolva você –pode ser alguém que fez ou disse algo que lhe aborreceu, algo sobre a sua situação de vida, o lugar onde mora, ou até mesmo o tempo. 

Reclamar é sempre uma não aceitação de algo que é. Essa atitude contém invariavelmente uma carga negativa inconsciente.

Quando você reclama, transforma-se em vítima.
Quando fala, você está no controle. Portanto, mude a situação agindo ou    falando, caso necessário ou possível, ou então fuja da situação ou mesmo aceite-a. Tudo o mais é loucura.

A inconsciência comum é sempre relacionada, de algum modo, com a negação do Agora.

 O Agora,naturalmente, também implica o aqui. Você está resistindo ao aqui e agora? Algumas pessoas prefeririam estar num outro lugar. O “aqui” delas nunca é suficientemente bom. Observe-se e verifique se isso acontece em sua
vida. 

Onde quer que você esteja, esteja lá por inteiro. Se você acha insuportável o seu aqui e agora e isso lhe faz infeliz, há três opções: abandone a situação, mude-a ou aceite-a totalmente. Se você deseja ter responsabilidade
sobre a sua vida, deve escolher uma dessas opções e deve fazê-lo agora. Depois, arque com as conseqüências.

Sem desculpas. Sem negatividade. Sem poluição física. Mantenha limpo o seu espaço interior.

Se você tomar qualquer atitude, abandonando ou mudando a situação, livre-se primeiro da negatividade.

Uma atitude originada no discernimento tem mais efeito do que uma originada na negatividade.

Uma atitude qualquer é muitas vezes melhor do que nenhuma atitude, especialmente se há muito tempo você está paralisado numa situação infeliz.

 Se for uma atitude errada, ao menos você aprenderá alguma coisa ,caso em que deixará de ser um erro. Se você não agir, nada aprenderá. Será que o medo está evitando que você tome uma atitude? Admita o medo, observe-o, concentre-se nele, esteja totalmente presente. Isso corta a ligação entre o medo e o pensamento.

 Não deixe o medo nascer em sua mente.

 Use o poder do Agora. O medo não pode prevalecer sobre ele.

Se não há mesmo nada a fazer e você não pode mudar a situação, então aceite o aqui e agora totalmente, abandonando toda a resistência interior. O falso e infeliz eu interior, que adora sentir-se miserável, ressentido ou
com pena de si mesmo, não consegue mais sobreviver. Isso se chama rendição. A rendição não é uma fraqueza.

Há uma grande força nela. Somente alguém que se rendeu tem poder espiritual. Através da rendição, você se livrará da situação internamente. É possível que você perceba uma mudança na situação sem que tenham sido
necessários maiores esforços da sua parte. De qualquer forma, você está livre.
Ou haverá algo que você “deveria” estar fazendo mas não está? Levante-se e faça agora. Ou, em vez disso, aceite totalmente a sua inatividade, preguiça ou passividade neste momento, se esta é a sua escolha.

Mergulhe nela por inteiro. Desfrute-a. Seja tão preguiçoso ou inativo quanto puder. Se você fizer isso conscientemente, logo sairá dela. Ou talvez não. Em qualquer dos casos, não há nenhum conflito interior, nenhuma resistência, nenhuma negatividade.

Você está sofrendo de estresse? Pensa tanto no futuro que o presente está reduzido a um meio para chegar lá? O estresse é causado pelo estar “aqui” embora se deseje estar “lá”, ou por se estar no presente desejando estar no futuro. 

É uma divisão que corta a pessoa por dentro. Criar e viver com essa divisão é insano. O fato de que todas as pessoas estão agindo assim não torna ninguém menos insano. Se você não pode fugir disso, tem de se movimentar rápido, trabalhar rápido, ou até mesmo correr, sem se projetar no futuro e sem resistir ao presente.

 Quando se movimentar, trabalhar e correr, faça tudo por inteiro. Desfrute o fluxo de energia, a alta energia desse momento.

 Agora não há mais estresse, não há mais divisão por dois, apenas o movimento, a corrida, o trabalho. Desfrute essas atitudes. Ou você também pode abandonar tudo e se sentar num banco do parque. 

Mas, ao fazê-lo, observe a sua mente. Pode ser que ela diga: “Você devia estar trabalhando. Está perdendo o seu tempo”. Observe a mente. Sorria para ela.

O passado toma uma grande parte da sua atenção? Você freqüentemente fala e pensa sobre ele, tanto de forma positiva quanto negativa? As grandes coisas que você conquistou, suas experiências e aventuras, ou as coisas horrorosas que lhe aconteceram, ou talvez que você fez a alguém? Será que seus pensamentos estão gerando culpa, orgulho, ressentimento, raiva, arrependimento ou autopiedade? 

Então, você está não só dando mais força ao falso eu interior, como também ajudando a acelerar o processo de envelhecimento do seu corpo através da criação de um acúmulo de passado na sua psique. 

Constate isso observando à sua volta aquelas pessoas que têm uma forte tendência para se apegar ao passado.

Morra para o passado a cada instante. Você não precisa dele. Refira-se a ele apenas quando totalmente relevante para o presente. Sinta o poder do momento presente e a plenitude do Ser. Sinta a sua presença.

Você tem preocupações? Tem muitos pensamentos do tipo “e se”? Você está identificado com a mente,que está se projetando num futuro imaginário e criando o medo.
 Não há como enfrentar tal tipo de situação, porque ela não existe. É um fantasma mental. Você pode parar com essa insanidade que corrói a saúde e a vida aceitando simplesmente o momento presente. Perceba a sua respiração. Sinta o ar entrando e saindo do seu corpo.

Sinta o seu campo interno de energia. Tudo com o que você sempre teve que lidar, tudo que teve de enfrentar na vida real, em oposição às projeções imaginárias da mente, é o momento presente.

 Pergunte-se qual é o seu problema neste exato momento, não no ano que vem, ou amanhã ou daqui a cinco minutos. O que está errado neste exato momento? Você pode sempre enfrentar o Agora, mas não pode jamais enfrentar o futuro, nem tem de fazer isso. 

A resposta, a força, a atitude certa estarão à sua disposição quando você precisar, nem antes, nem depois.

“Algum dia vou fazer isso”. Seu objetivo está tomando de tal modo a sua atenção que o momento presente é apenas um meio para atingir um fim? Está consumindo a alegria das coisas que você faz? Você está esperando para começar a viver? Se você desenvolver esse tipo de padrão mental, não importa o que você adquira ou alcance, o presente nunca será bom o bastante. O futuro sempre parecerá melhor. 

Uma receita perfeita para uma insatisfação permanente, você não acha?

Você está sempre “esperando” alguma coisa? Quanto tempo da sua vida você passou esperando? Chamo “espera de pequena escala” à espera na fila do correio, num engarrafamento de automóveis, no aeroporto, por alguém que vai chegar, um trabalho que precisa ser terminado, etc. 

Chamo de “espera em grande escala” à espera pelas próximas férias, por um emprego melhor, pelos filhos crescerem, por uma relação verdadeiramente significativa, pelo sucesso, para ficar rico, para ser importante, para se tornar iluminado. Não é raro que as pessoas passem a vida toda esperando para começar a viver.

Esperar é um estado mental. Significa basicamente desejar o futuro e não querer o presente. Você não quer o que conseguiu e deseja aquilo que não conseguiu. Em qualquer dos tipos de espera você, inconscientemente, cria um conflito interior entre o seu aqui e agora, onde você não quer estar, e o futuro
projetado, onde você quer estar. Essa situação reduz grandemente a qualidade da sua vida ao fazer você perder o presente.

Não há nada de errado em nos empenharmos para melhorar a nossa situação de vida. Podemos melhorar a situação da nossa vida, mas não podemos melhorar a nossa vida. A vida é básica.

A vida é o Ser interior mais profundo. É um todo, completo, perfeito. A nossa situação de vida se constitui das nossas circunstâncias e experiências. Não há nada de errado em estabelecermos metas e nos empenharmos para conseguir bens.

 O erro reside em usar isso como um substituto para o sentimento da vida,
para o Ser. 
O único ponto de acesso a isso é o Agora. Agimos, assim, como um arquiteto que não dá atenção às fundações de uma construção, mas que gasta um bom tempo trabalhando na superestrutura.

Por exemplo. Muitos de nós estamos à espera da prosperidade. Ela pode não acontecer no futuro. 

Quando respeitamos, admitimos e aceitamos completamente a realidade do presente – onde estamos, quem somos, o que
estamos fazendo agora –, quando aceitamos o que temos, significa que estamos agradecidos pelo que conseguimos, pelo que é, pelo Ser.

 A gratidão pelo momento presente e pela plenitude da vida atual é a
verdadeira prosperidade.
 Não está no futuro. Então, no tempo certo, essa prosperidade se manifesta para nós de várias maneiras.

Se você não encontra satisfação nas coisas que possui, se tem um sentimento de frustração ou de aborrecimento por não ter tudo o que quer no presente, isso pode levá-lo a querer enriquecer, mas, mesmo que consiga milhões, continuará a ter uma sensação de que falta alguma coisa.

Talvez o dinheiro lhe compre muitas experiências excitantes, embora passageiras, deixando sempre uma sensação de vazio e estimulando uma necessidade de gratificação física ou psicológica ainda maior. 

Você não vai se conformar em simplesmente Ser e, assim, sentir a plenitude da vida agora – a verdadeira prosperidade.

Portanto, desista da espera como um estado da mente. Quando você se vir escorregando para a espera...pule fora.

 Venha para o momento presente. Apenas seja e aprecie ser. Quando estamos presentes, nunca precisamos esperar por nada. 

Portanto, da próxima vez que alguém disser “desculpe por ter feito você esperar”, sua resposta pode ser: “Está tudo bem,estou comigo mesmo".

Essas são apenas algumas das estratégias comuns da mente para negar o momento presente já incorporadas à inconsciência comum.

São fáceis de passar despercebidas porque já estão entranhadas em nosso
modo de vida, como o ruído de fundo do nosso eterno descontentamento. Mas, quanto mais você praticar o monitoramento do seu estado interior emocional e mental, mais fácil será perceber em que momento você foi capturado pelo passado e pelo futuro, bem como despertar da ilusão do tempo dentro do presente.

 Mas tenha cuidado porque o eu interior falso e infeliz, baseado na identificação com a mente, vive no tempo.

 Ele sabe que o presente significa sua própria morte e sente-se ameaçado
.
 Fará tudo para afastar você do Agora.

 Tentará manter você preso ao tempo.

Extraído do Livro "O Poder do Agora" pg 28
Eckhart Tolle

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Resgate da sua criança interna



Como é a sua criança interna?



O primeiro passo é entrar em contato com essa identidade do seu mundo interior, essa “subpersonalidade”, esse aspecto interno importante para o seu desenvolvimento humano. Se você não se lembra muito bem de como era quando criança, olhe fotografias de quando você tinha ao redor de cinco anos e pergunte-se:

Como você se sentia?
Como você imagina que sentia o corpo então?
Como se sentia quando ficava triste?
E alegre? Quais eram seus amigos?
Como se sentia em sua casa?
Como a vida parecia naquela época?”

Esse resgate pode ser feito quantas vezes forem necessárias para você recuperar a conscientização do seu Self-criança.
O segundo passo é integrar este aspecto seu, tornando-o harmonioso com a pessoa que você é hoje. Uma das formas de promover este “encontro” é fazer uma visualização, um dos recursos mais utilizados em diversos tipos de terapia para facilitar mudanças nos nossos padrões de comportamento e que você pode fazer, mesmo sozinho.

COMO RECONHECER E CUIDAR DELA

COMO A GENTE RECONHECE EM NÓS AS MANIFESTAÇÕES DA CRIANÇA INTERIOR?

Na verdade, a nossa Criança Interior manifesta-se em nosso comportamento através de qualidades infantis, como por exemplo a curiosidade. As crianças são naturalmente curiosas. Começamos a envelhecer quando deixamos de ter curiosidade pela vida. Já vimos tudo, já sabemos tudo, já aprendemos tudo? Então estamos muito velhos. A espontaneidade é outra forma de checar se nossa criança interior está saudável. Outra, ainda, é a alegria que nos mantém saudavelmente infantis.



POR QUE É IMPORTANTE CUIDAR DESTE ASPECTO DA NOSSA PERSONALIDADE?


Cuidar da nossa Criança Interior é uma forma de celebrar a vida dentro de nós. Desde que o mundo não maltrate demais a criança, ela é um exemplo de energia e de movimento, sinônimos de vida...


O QUE ACONTECE COM GENTE QUE NEGLIGENCIA ESTE "ASPECTO" DE SI PRÓPRIO?

A gente adoece, se torna amarga, envelhecida antes do tempo. É assim que se pode reconhecer alguém que não cuidou da sua Criança Interior. Da mesma forma, pessoas que se sentem bem na vida e com os outros, que conseguem encontrar alegria no seu cotidiano, que acolhem o mundo com entusiasmo e sem rabugice, estas estão em paz com sua Criança Interior.

COMO É POSSÍVEL HONRAR ESTA CRIANÇA EM NÓS?

O grego Heráclito, considerado o pai da filosofia ocidental, dizia que ninguém pode se banhar duas vezes nas águas de um mesmo rio. Com isso, ele enfatizava que a vida, no seu movimento constante, obriga a gente – assim com o rio – à eterna renovação.

Mas não podemos esquecer que o rio num determinado momento é também a soma de tudo ele vem trazendo desde o seu nascimento, lá no topo de alguma montanha. Nós também só podemos nos considerar inteiros se consideramos tudo o que já fomos, tudo o que já vivemos. Respeitar o nosso lado infantil é uma homenagem que devemos fazer a nós mesmos todos os dias...

O problema é que a criança também adoece nas lidas da vida. Cabe a nós cuidarmos para que ela se livre das tristezas e do sofrimento. Por isso é bom visualizarmos a nós mesmo crianças naqueles momentos difíceis da infância. Nessas imagens devemos nos “ver” enxugando nossas lágrimas, nos acariciando e nos dando colo. A gente (já grande) curando a criança triste de um determinado momento. Estas visualizações fazem um grande bem.

COMO A GENTE PODE AJUDAR OS FILHOS A APRENDEREM A CUIDAR DA SUA CRIANÇA?

Mostrando que cumprir os deveres e fazer a coisa certa não deve impedi-los de rir sem motivo, pular quando estão alegres, dançar quando tiverem vontade. Enfim, quando ensinamos nossos filhos a cultivar a própria liberdade estamos ajudando-os a cultivar a criança feliz, que é livre espontânea e alegre.
Temos que mostrar para os filhos o nosso lado infantil. Deixar que eles nos chamem de bobos e curtir as nossas próprias bobagens diante deles. Cantar, brincar e dançar junto, como eles fazem com os amigos deles, é uma boa maneira de mostrar o nosso lado infantil. Desde que esses momentos sejam vividos com espontaneidade e verdade só servem para nos aproximar filhos e pais.

E COMO PODEMOS ATRAPALHAR ESTE PROCESSO?

Quando confundimos responsabilidade com cara feia e ensinamos às crianças, por exemplo, a ver o trabalho como um peso e cumprimento do dever como uma coisa chata.


QUAIS SÃO OS ASPECTOS SOMBRIOS DA CRIANÇA INTERIOR?

A falta de afeto, a ausência de limites, a tristeza, o medo, o cerceamento da liberdade e da expressão. Esses são lados sombrios que tornam a criança doente e podem nos atrapalhar na vida adulta. Por isso, precisamos descobri-los para encontrar as formas adequadas de afastá-los de nossas vidas.

COMO ANDA SUA CRIANÇA INTERIOR?

Faça o teste e descubra como você anda vivenciando seu lado criança. O objetivo destes testes é proporcionar insights, portanto, não existem respostas certas, apenas temas para inspira-lo.

OU, ENTÃO, IMPRIMA ESTE TEXTO E COLOQUE PERTO DE VOCÊ PARA QUE A
 CONSULTA FIQUE FÁCIL.

Pronto? Vamos lá:

Procure lembrar-se de um lugar especialmente seguro para você e pense em uma pessoa em quem você confia totalmente, alguém que o ajudou em sua vida. Pode ser qualquer pessoa.

Coloque-se numa posição bem cômoda e relaxe totalmente. Feche os olhos.
Se sentir que há algum medo, distração ou entrave emocional incomodando-o, trate de tirá-los do caminho: visualize uma caixa e deposite todos eles dentro da caixa. Depois, com serenidade, deixe-os irem embora.

Se perceber algum incômodo físico, solte-se para não se distrair. Vá tomando consciência das batidas de seu coração, de sua respiração. A cada batida, a cada respiração, sinta-se mais próximo de você mesmo.

Agora, quero que visualize seu lugar seguro, seu lugar especial. Observe-o em sua mente com todos os detalhes possíveis. Como é este lugar? Que cores tem? Que odores? Que textura? Este é um lugar sagrado para você... Perceba, sinta, veja a si próprio parado no meio desse lugar, totalmente seguro, seu paraíso privado. Fique um pouquinho de tempo sentindo este seu lugar
.
Vai chegar ao seu lugar sagrado, bem perto de você, aquela pessoa especial na qual você pensou antes. Acompanhe sua chegada. Ela será seu mentor...Dê-lhe as boas-vindas. Pergunte a ela (ou ela, é claro!): “Do que é que eu mais necessito neste momento”. Ouça com atenção o que ela diz! Sente-se com seu mentor e tenha uma conversa objetiva sobre o que está precisando nesta fase da sua vida.

Enquanto fala com o mentor, ouça um barulho. Vire-se e veja uma criança. A criança é claramente você, mais ou menos aos cinco anos de idade. Olhe para ela e reconheça-se nela quando tinha aquela idade.

Estenda a mão para essa criança. Dê-lhe as boas-vindas. Fale com ela. Pergunte como vai e conte a ela como você vai... Enquanto conversam, a criança aconchega-se no seu colo.

Agora, diga a esse menino (ou a essa menina) como vai fazer para assegurar-lhe que a partir de agora ele seja escutado e valorizado. Tenha uma conversa com essa criança. Ela está agora sentada em seu colo. Abrace-a, tranqüilize-a. Dê-lhe amor. Fale com ela com carinho.

Enquanto conversa com a criança, seu mentor se aproxima e abraça vocês. Ele afirma que vocês estão fazendo as coisas muito bem. Estão fazendo tudo muito bem. Agora, veja a criança sair do seu colo. O mentor então toma-a pela mão. Você se une a eles. Os três juntos deixam o lugar seguro e vão brincar juntos.




Logo que visualizar isto, vá se preparando para "acordar" e volte. Abra os olhos lentamente.... Bem devagar, vá tomando consciência de onde você está. Sem pressa, sinta seu corpo, mexa-se.

Agradeça a si mesmo por esta experiência, por este encontro.




 Sonia Blota
http://delas.ig.com.br/

ESSÊNCIA





Seja sempre você mesmo, com seus defeitos e qualidades. 

Seja sempre você mesmo, aceitando que ninguém é super e que temos limitações, e que a cada dia precisamos aprender mais na escola da vida. 

Nunca se preocupe em agradar a todos, porque sempre haverá pessoas que não gostarão de você, pessoas que se incomodarão com algo ou que queiram que você mude. 

Seja sempre você mesmo, sem medo de ser feliz, de brilhar, de ser transparente. 

Não se preocupe somente com o que os outros pensam de você, passe a imagem verdadeira que tiver que passar, sem receio. 

Seja sempre você mesmo, confiante, sonhador, crendo no seu potencial.

Seja sempre você mesmo, sem perder a sua essência, porque quem gostar de você irá gostar exatamente do jeito que você é. 

Se alguém que gosta de você verdadeiramente descobrir que aquela não é a sua essência, aí sim poderá sentir-se magoado. 

Então independente de críticas, seja sempre você mesmo! 

Cada ser no universo é único e especial, ninguém jamais será igual à outra pessoa, nem todos os pensamentos são iguais, jamais concordaremos sempre com as opiniões, mas o importante é aceitar e entender as diferenças, dentro do respeito. 

Enfim, nunca se envergonhe de sua essência, nunca se sinta inferior, simplesmente seja você.



Shirley Candido

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Banda mais Bonita da Cidade


Existem pessoas que fazem coisas lindas, esse vídeo toca direto no coração.

"Os ventos que as vezes tiram
algo que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado.Pois tudo aquilo que é
realmente nosso, nunca se vai
para sempre..."

Bob Marley

O Mundo Como Nosso Espelho



O mundo físico é criação nossa: cada um de nós cria a sua própria versão do mundo, a sua realidade particular, a sua experiência de vida singular. Pelo fato de a minha vida estar sendo criada através do meu canal, posso olhar para a minha criação para obter informações sobre mim mesma. Exatamente como um artista examina sua ultima criação para vê o que está bem e o que não está bem, podemos olhar para a obra em andamento de nossas vidas, para apreciar quem somos e reconhecer aquilo que ainda precisamos aprender.

À medida que seguimos adiante, vamos concomitantemente, criando as nossas vidas; portanto, nossas experiências e necessidades nos proporcionam a cada instante um reflexo de nós mesmos. Na verdade, o mundo exterior é como um espelho gigante que reflete simultaneamente nossos espíritos e nossas formas com muita clareza e precisão. Uma vez que tenhamos aprendido como olhar para ele e como entender e interpretar seu reflexo, temos um fabuloso instrumento à mão.

O método do espelho

O método do espelho é uma técnica que pode nos ajudara ver do mundo como um espelho. Encarado dessa maneira, o mundo exterior pode nos dar lições a respeito de aspectos ocultos de nós mesmos, que não conseguimos ver diretamente. O método se baseia em duas premissas:

1. Considero que tudo em minha vida é o meu reflexo, a minha criação; não existem acidentes ou acontecimentos que não estejam relacionados comigo. Se vejo ou sinto alguma coisa que de algum modo me afeta, foi o meu ser que atraiu ou criou isso para me mostrar algo. Se isso não estivesse refletindo alguma parte de mim, eu sequer teria sido capaz de percebê-lo. Todas as pessoas em minha vida são reflexos dos diversos personagens e sentimentos que vivem dentro de mim.

2. Jamais deprecio a mim mesmo por causa dos reflexos que vejo. Sei que nada é negativo. Percebo tudo como dádivas que me levam a estar mais consciente; afinal, estou aqui para aprender. Se eu já fosse perfeito, não estaria aqui. Por que eu deveria me enfurecer comigo mesmo quando vejo coisas de que estava inconsciente? Seria como se uma criança do primeiro ano primário se sentisse frustrada por não estar ainda na universidade. Tento manter uma atitude compassiva para comigo mesmo e para com o meu processo de aprendizagem. No momento em que consigo fazer isso, esse processo torna-se divertido e, realmente, muito interessante.

Estou aprendendo a encarar a vida como um filme fascinante, repleto de aventuras. Todos os seus personagens são partes de mim que aparecem na imensa tela e, assim posso vê-los claramente. Uma vez que posso vê-los e reconhece os diversos sentimentos e vozes que estão dentro de mim mesma, é fácil escolher quais personagens manter e expandir e quais abandonar ou modificar.

Se o filme retrata problemas, perturbações ou lutas, sei que deverei verificar dentro de mim para descobrir onde não estou sendo sincera comigo mesma. Sei também que quando confio e sou eu mesma o mais completamente possível, tudo em minha vida reflete isso, fluindo com muita facilidade, às vezes até milagrosamente.

Os problemas são mensagens


Se existem problemas em sua vida, é o universo tentando chamar-lhe a atenção. Ele está dizendo: "Êpa, está aí algo de que você precisa ter consciência; há algo que precisa ser mudado aqui!". Se você está atento aos pequenos sinais, aprenderá com eles, mas se não prestar atenção, os problemas se intensificarão até que você entenda a mensagem e comece a ficar atento. Se você aceitar que, cada vez que ocorre um problema, o universo está lhe mostrando algumas coisas, fará progressos rápidos na sua vigem de descoberta de si mesmo.

Quando acontece alguma coisa "negativa", somos tentados a dizer : "Por que isso acontece comigo? Estou fazendo o melhor que posso, mas nada parece estar funcionando. Não consigo entender por que continuo com este problema". Se você percebe que está vivendo uma situação assim, tente encontrar uma nova maneira de olhar para as coisas. Vá para dentro de si mesmo e diga ao universo: "Eu sei que você está tentando me mostrar alguma coisa. Ajude-me a compreender o que é".

Depois que fizer isso,deixe de se concentrar no fato, mas mantenha-se aberto para a mensagem que irá receber. Ela poderá vir na forma de um sentimento ou de uma percepção interior, nas palavras de algum amigo ou em algo inesperado que aconteça a você. A mensagem poderá vir imediatamente ou demorar algum tempo. Um dos meus clientes foi despedido de seu emprego de maneira bastante inesperada, há mais de dois anos de inicio, ele ficou arrasado, mas depois de um mês de ficar procurando que rumo seguir, ele abriu um negocio próprio. Agora o negocio vai indo muito bem, mas só há poucas semanas é que ele conseguiu, afinal "pegar" a mensagem que sua demissão refletia. Quando falava para um amigo a respeito de trabalhar para os outros foi que subitamente compreendeu que o incidente da demissão foi uma tentativa de dizer-lhe que estaria muito melhor num negócio próprio do que trabalhando para os outros.

Compreender isto não apenas confirmou o rumo atual de sua vida, mas também resolveu o sentimento negativo de ter sido despedido, que havia permanecido com ele desde esse incidente.

Como interpretar os reflexos

A parte mais complicada de usar o método do espelho é aprender a interpretar o reflexo que se vê. Como descobrir o verdadeiro significado de uma mensagem ali refletida?

Não adiantará nada analisar e pensar nela com a sua mente racional. É muito mais eficaz voltar-se para o seu eu interior, pedindo uma ajuda ao universo. Sente-se muito tranqüilamente, inspire profundamente algumas vezes e concentre sua atenção no seu interior - no Eu superior que existe dentro de você e que está em contato com a sabedoria do universo. Silenciosamente ou em voz alta, peça a esse ser uma orientação ou uma ajuda para a compreensão da mensagem. Quando você entrar em contato com um sentimento mais profundo e obtiver uma impressão do que lhe pareça correto naquele momento, procure agir de acordo com essa impressão.

Depois de agir assim, tente estar consciente a respeito das informações exteriores e interiores que venham de suas ações. A informação que vem do exterior lhe diz como as coisas estão fluindo. Tudo parece dar certo e funcionar com facilidade? Se é assim, certamente você está sintonizado com a sua orientação interior. Se estiver lutando para fazer algo que não acontece facilmente, trata-se de uma mensagem para renunciar e voltar a verificar o que você realmente deseja fazer.

A informação interior virá a você como sentimentos. Se sentir-se mais forte, mais animado, é porque você está certo. A chave é a sensação de se estar vivo. Quanto mais o universo se movimenta através de você, mais vivo você se sente. Por outro lado, cada vez que você não segue a orientação interior, sentirá uma perda de energia, uma perda de força, uma sensação de desânimo espiritual.

Sendo verdadeiro para consigo mesmo, você se sentirá mais animado, mas também poderá sentir-se insatisfeito. Isto acontece porque você está se arriscando a uma mudança! Quando você se decide a mudar, poderá sentir emoções muito intensas. Permita que essas emoções se expressem; afinal, a sua voz interior está tendo de atravessar anos de inconsciência, de dúvidas e medos acumulados. Por isso, simplesmente deixe que esses sentimentos transbordem por você - eles estão sendo purificados e tratados pela luz.

A informação exterior talvez espelhe também esses sentimentos: suas dúvidas e medos muitas vezes irão refletir-se nas reações dos que estiverem à sua volta. Se os seus amigos ou a sua família questionarem ou criticarem as mudanças, reconheça que eles estão apenas refletindo as vozes cheias de dúvidas ou medos que existem em você, como, por exemplo: "E se eu estiver fazendo a coisa errada?será que posso realmente confiar neste método?"

Responda a essa informação que vem dos outros da maneira que achar mais adequada: tranqüilize-os, ignore-os, discuta com eles, qualquer coisa. O importante é reconhecer que você está realmente lidando com seus medos interiores. Afirme que você está aprendendo a confiar em si mesmo cada vez mais. Você ficará impressionado ao ver como os outros imediatamente espelham a sua confiança em si mesmo, respondendo-lhe com confiança.

Lembre-se:

Se você julgar e criticar a si mesmo, os outros irão julgar e criticar você.

Se você se fere, os outros irão feri-lo.

Se você mentir para si mesmo, os outros mentirão para você.

Se você for irresponsável para consigo mesmo, os outros serão irresponsáveis em relação a você.

Se você se censurar, os outros irão censurá-lo.

Se você for violento emocionalmente consigo mesmo, os outros irão violentá-lo emocionalmente ou até fisicamente.

Se você não ouvir seus sentimentos, ninguém irá ouvi-los.

Se você se respeitar, os outros irão respeitá-lo.

Se você confiar em si mesmo, os outros irão confiar em você.

Se você for honesto com os outros, os outros serão honestos com você.

Se você for delicado e tiver compaixão de si mesmo, os outros irão tratá-lo com delicadeza e compaixão.

Se você compreender, os outros irão compreendê-lo.

Se você honrar a si mesmo, os outros irão honrá-lo.

Se você estiver satisfeito consigo mesmo, os outros ficarão satisfeitos com você.

Mudando os velhos padrões

É muito importante perceber que talvez não seja possível mudar seus antigos padrões da noite para o dia. Às vezes as coisas parecem mudar com rapidez, uma vez que se tenha reconhecido a mensagem; mas às vezes parece que você continua a fazer a mesma coisa de antes e a obter os mesmos resultados desagradáveis, muito tempo depois que passou a achar que já sabe mais. Leva tempo para que o ego mude seus hábitos, de maneira que você terá de rever o mesmo filme ruim algumas vezes.

Se você achar que seu progresso é demasiado lento, peça ajuda ao universo e lembre-se de que logo haverá mudanças. A mudança não acontece quando você se força a mudar, mas quando se torna consciente daquilo que não está indo bem. Você então pode pedir ao seu Eu superior uma ajuda para conseguir livrar-se dos velhos padrões e trazer o novo. Lembre-se de que a hora mais escura é aquela que vem logo antes do amanhecer - a mudança ocorre exatamente quando você desiste ou quando menos se espera.


Exercícios

1. Pense numa pessoa a quem você ama ou admira de um modo especial. Faça uma lista de todas as suas qualidades positivas. Pense no quanto essas qualidades espelham você. Em certos casos podem ser qualidades que ainda não estejam completamente desenvolvidas. Reconheça que essa pessoa está ali para ensinar e inspirar você com o seu exemplo.

2. Faça uma lista de todas as coisas e pessoas de que você gosta em sua vida. Elogie e valorize a si mesmo por criar e atrair esses espelhos.

Fonte
Lena Rodriguez
www.cuidebemdevoce.com.br

sábado, 21 de maio de 2011

Aceitação e Mudança







Se nos tornamos dependentes das mudanças, e tentamos mudar coisas em nossas vidas antes de elas estarem prontas para isso, então estamos lutando em uma batalha perdida. De forma semelhante, se ficamos presos em conservar as coisas como estão, resistentes a toda e qualquer mudança em nossa vida, a batalha se mostra igualmente difícil e despropositada. Por outro lado, se aprendemos a aceitar o que está acontecendo, sem nos identificarmos com a necessidade de mudar ou manter as coisas, começa a ser criado um espaço em nossa vida para as coisas mudarem ou não, de acordo com as nossas reais necessidades.
Há duas energias arquetípicas primárias da vida, a mudança e a manutenção. Ambas são igualmente necessárias e ambas são partes de uma polaridade dinâmica com a qual podemos ou não cooperar. Quando aceitamos qualquer uma dessas, essas energias conseguem se manifestar de uma forma relativamente pura. Assim, a mudança pode ser considerada em termos de progresso, evolução, transformação e libertação. A manutenção, quando manifesta em seu estado cristalino, transmite eternidade, ritmo, paciência e a sensação de eternidade.
Quando resistimos e lutamos contra qualquer uma delas, mudança ou manutenção, e não aceitamos as coisas como são, então essas energias começam a se manifestar de uma forma distorcida. Nesse caso, as mudanças podem ser despropositadas, levando ao dispêndio de nossa energia, ficamos insensíveis às nossas necessidades e às necessidades alheias. Tomamo-nos destrutivos e não reconhecemos nossos limites com clareza. A manutenção, quando distorcida, leva à inércia e à indolência, à obstinação, à inflexibilidade, à covardia e ao medo do desconhecido, estrangula o fluxo natural da energia da vida.
Não é preciso dizer que há necessidade tanto das mudanças como da manutenção em nossa vida. Quando falamos sobre aceitação das coisas como elas são, permitindo que essas duas polaridades se manifestem em nossa vida, não significa que temos que aceitar cegamente algum tipo de destino predeterminado, nem que devemos nos tornar vítimas das circunstâncias. Pelo contrário, quando aprendemos a reconhecer o valor da verdadeira aceitação interior, essa conduta liberta nossa energia de modo que podemos mudar ou não uma certa situação, de acordo com o que é melhor para nós num determinado conjunto de circunstâncias. Claro, nem sempre é assim tão fácil, mas devemos procurar o nosso equilíbrio sem excluirmos nem a mudança nem a manutenção, buscando o que há de melhor nas duas.
Tudo muda o tempo todo. Essa é uma verdade fundamental da vida. Se estivéssemos prontos para aceitar essa "verdade", então não sentiríamos tanto medo e insegurança diante dos acontecimentos que parecem mudar rapidamente demais, nem perante situações aparentemente estagnadas. Como tudo muda, podemos perceber que essas coisas – sejam elas o que forem – também passarão. Às vezes, temos a sensação de que estamos presos e amarrados a uma relação que já não nos satisfaz – mas, lembre-se, tudo pode se modificar. Outras vezes, passamos por períodos de solidão porque não encontramos um bom relacionamento - mas, lembre-se, tudo pode se modificar. Podemos nos harmonizar com o fluxo natural da vida e aceitar as coisas como elas são. Só assim conseguimos compreender claramente as idas e vindas dos acontecimentos.
Tudo isso está muito bem, mas o grande problema é que a maioria das pessoas geralmente estão excessivamente apegadas ou identificadas com o desejo de mudança ou de estabilidade. Supondo que o seu relacionamento afetivo seja incrivelmente satisfatório - bem, certamente você não quer que isso se modifique, mas, se tentar manter as coisas exatamente como estão, não permitirá que a relação cresça e se modifique no seu ritmo natural e, por isso, ela logo se tornará estéril e inflexível. E, devido à estabilidade forçada, não será de qualquer maneira a mesma relação de antes. Provavelmente, essa estabilidade forçada acabará provocando modificações, contrariando tudo que você sempre planejou para esse relacionamento. Ou, quem sabe, você ainda não tenha conseguido desenvolver uma relação duradoura, e o seu desejo de mudar essa situação é tão intenso, que você está preso e vinculado à idéia de arranjar um parceiro, ao ponto de não conseguir pensar em outra coisa. Está tão apegado ao seu desejo que, ao surgir qualquer oportunidade, você tenta iniciar um novo relacionamento e faz de tudo para ele dar certo. Geralmente, as pessoas que se comportam dessa maneira são tão insistentes que as coisas simplesmente não acontecem, ou, quando acontecem, não duram. Novamente, o apego excessivo o deixa à deriva, e a vida, mais uma vez, "não deu certo"!
Contudo, quando abandonamos nossa insistência em mudar, ou manter, uma determinada situação, começamos a ver a situação como ela realmente é. Com esta nova visão de como a coisa é, torna-se possível escolher se devemos mudá-la ou não. Mas essa aceitação verdadeira tem que ser realmente sentida, realmente vivida, não pode ser apenas uma postura intelectual. Assim, quando a aceitação passa a ser vivenciada dessa maneira, as transformações têm espaço para acontecer.
Quando a dinâmica da vida é aceita conforme foi exposto acima, sem simplesmente nos resignarmos às circunstâncias, sempre tentando determinar nossas escolhas ativa e conscientemente, estamos mais aptos a compreender o significado interior dos acontecimentos. Quando aceitamos um fato, passamos a perceber mais claramente qual é a sua finalidade, por que as coisas são do jeito que são. Aí, adquirimos o direito de escolha, podemos determinar se deixaremos as coisas acontecerem ou se lutaremos contra a sua evolução de um modo mais impositivo.
Jamais conseguiremos nos livrar totalmente das experiências indesejáveis em nossa vida, portanto é melhor sabermos como aceitá-las. Na realidade, é muito comum as coisas piorarem quando tentamos lutar desesperadamente contra elas. Por outro lado, a aceitação da vida como ela é inclui dor, sofrimento e fracasso, experiências desagradáveis e momentos em que temos que tomar certas atitudes que nem sempre são exatamente o que gostaríamos de fazer. Aprendemos a controlar nossas energias e podemos usá-las a nosso favor em vez de utilizá-las contra nós mesmos. Por exemplo, se aceitamos que estamos passando por uma fase depressiva, temos muito mais condições de lidar com esse problema do que quando não aceitamos e tentamos ignorar a situação.
Nem sempre é possível modificar as condições externas, mas sempre podemos trabalhar as condições internas. Pode parecer paradoxal se nos apenas pensarmos nisto. Entretanto, quando começamos a agir sobre o problema, percebemos que sempre temos à disposição um meio de provocar modificações que é um ato de aceitação. Quando aceitamos as coisas como elas são, estamos abertos ao aprendizado. Se compreendida desta maneira, a aceitação passa a ser um dos melhores instrumentos de transformação.
Se pensarmos em uma experiência recente que tenha nos proporcionado muito prazer e alegria, recordando de todos os detalhes dessa experiência, os fatos agradáveis, quaisquer que tenham sido, ressurgirão em nossa consciência, trazendo com eles a sensação do prazer vivido naqueles momentos. É possível reviver experiências agradáveis, senti-las como se ainda estivessem acontecendo. Isso é saudável, algo que nos dá prazer e nos faz sentir bem. Contudo, podem surgir alguns problemas se ficarmos excessivamente apegados e presos às sensações de um determinado momento, ao ponto de só pensarmos nisso e de empregarmos todas as nossas energias tentando fazer as coisas acontecerem novamente.
Por outro lado, se nos recordamos de uma experiência "desagradável", acontecimentos que não nos provocaram bons sentimentos, e ficamos algum tempo revivendo todas as sensações, emoções e pensamentos que estão associados àquele momento, da mesma maneira podemos achar que essa experiência ainda está acontecendo. Esse tipo de comportamento também pode ser muito saudável, porque, embora não desejemos reviver momentos angustiantes e desagradáveis, se conseguirmos repensá-los isso nos ajudará a resolver os problemas associados a esse tipo de situação.
Tanto as experiências aparentemente positivas quanto as aparentemente negativas podem ser de grande valor. Na verdade, o que aprendemos com as experiências supostamente "desagradáveis" é que vai nos ajudar a crescer e a amadurecer, tornando-nos capazes de expressar o que realmente somos e o que realmente desejamos da vida. Para mergulhar verdadeiramente nas profundezas do nosso passado, trazendo à superfície experiências angustiantes e traumáticas, precisamos do acompanhamento de um bom psicoterapeuta ou guia, capaz de nos orientar ao longo desse processo. Mas com a simples aceitação desses dois tipos de experiência, passamos a ser pessoas mais completas, mais aptas a encarar o nosso futuro, qualquer que seja ele.
O poder de aceitar e mudar
Podemos usar o poder de nossa vontade e imaginação para provocar mudanças, ou para aceitar as coisas como elas são. Para qualquer uma dessas alternativas, precisamos ter a vontade para que elas aconteçam, seja através das mudanças provocadas ativamente ou através de um comportamento passivo que permite o desenrolar natural dos fatos. Também precisamos da nossa capacidade imaginativa para criarmos os novos ambientes que desejamos ou para mudarmos os velhos padrões do passado. Já aprendemos a utilizar esses poderes nos capítulos anteriores deste livro [o livro citado sendo "Psychosynthesis - The Elements and Beyond"]. Esses poderes são às vezes descritos como os poderes que nos tornam aptos a realizar mudanças da maneira que nos queremos. Mas também são esses poderes que nos ajudam a aceitar os momentos em que a atitude mais correta é não mudar as coisas.
Para isso tudo funcionar de maneira eficiente, também precisamos dos poderes do amor e da consciência. Sem a consciência, como saberíamos se nossas escolhas são "certas" ou não? Sem amor, como podemos ter certeza de que estamos fazendo a escolha mais "acertada", de acordo com as necessidades e energias das outras pessoas? Essas quatro energias - amor, consciência, vontade e imaginação - nos acompanham constantemente no decorrer de nossa vida, auxiliando-nos a realizar as ações que desejamos e que estão de acordo com a evolução da consciência planetária.
Essas energias se tornam particularmente importantes para nós quando atravessamos momentos de sofrimento, crise ou fracasso em nossa vida. São essas experiências que frequentemente nos levam a buscar a orientação de um psicoterapeuta especializado em psicossíntese ou outro tipo de terapeuta ou conselheiro. Na psicossíntese não tentamos "encobrir" a dor, dispersar a crise, nem ignorar o fracasso. Pelo contrário, reconhecemos o valor de tais experiências. É frequentemente com a aceitação do sofrimento, em todos os seus disfarces, que conseguimos conhecer um pouco mais sobre nós mesmos e liberar as energias criativas.
Todos já passaram pela experiência do fracasso em alguma ocasião de sua vida. Muitas pessoas fracassam com tanta freqüência que começam a se considerar o "fracasso em pessoa”. Nesse caso, é como se o fracasso as tivesse possuído em vez de elas apenas terem vivido uma experiência fracassada! Um indivíduo nessas circunstâncias já não consegue dizer "passei por uma determinada experiência e fracassei", mas os fatos passados assumem o controle e é mais provável que essa pessoa diga "eu sou um fracasso".
Quando passamos por uma situação em que fracassamos, ela pode causar a queda da nossa energia potencial. Por exemplo, podemos estar atravessando um período em que sentimos raiva, amargura e decepção. Não há nada de errado em ter esse tipo de sentimento, mas também é muito importante saber reconhecer o momento em que estamos preparados para prosseguir. Porém, isso só acontece quando deixamos o potencial criativo fluir novamente. Podemos dar o primeiro passo para nos libertarmos desse problema se simplesmente aceitarmos o fracasso emocional resultante.
Uma das técnicas mais eficientes para fazer isso chama-se “a consagração do obstáculo”. Para aceitarmos o fracasso, consagramos, abençoamos conscientemente o que quer que nos tenha impedido de atingir o sucesso. Depois de fazer isso, que não deve ser apenas uma "afirmação de boca", mas uma atitude real e completamente assumida, estamos prontos para seguir adiante.
Ao considerarmos tudo o que aprendemos com nosso aparente "fracasso", a idéia de "consagração de um obstáculo" já não nos parecerá tão estranha. É algo semelhante a amar os seus inimigos. Por exemplo, um fracasso nos dá a oportunidade de tentar de novo, só que dessa vez faremos as coisas muito melhor. Caso a situação em que fracassamos não possa se repetir por algum motivo, com a consagração do obstáculo podemos concluir que aquilo não era mesmo para ter acontecido. Assim não ficamos subordinados a algum tipo de destino impessoal e tomamos uma atitude de controle consciente, aprendemos a tomar nossas próprias decisões.
Tudo que fazemos em nossa vida, estejamos ou não conscientes disto, nós decidimos. Mesmo que essa afirmação não seja realmente uma "verdade", não há nada que conteste a sua veracidade. Se temos o poder de decidir nossa própria vida, quando as coisas não acontecem conforme desejamos, também devemos ter decidido algo sobre isso. Pode ser difícil aceitar e assimilar esse conceito a nível consciente, já que não estamos conscientes da atuação desse processo e devido ao fato de algumas subpersonalidades até insistirem na preservação dos vínculos com o sofrimento e o fracasso. Mas a Psicossíntese acredita que o eu interior, ou alma, sempre determina tudo que acontece conosco no decorrer de nossa existência.
Quando aprendemos a nos entregar ao sofrimento e ao fracasso, em vez de mergulharmos nele, sendo esmagados pela experiência, descobrimos que conseguimos superá-lo muito mais rapidamennte. Mas o primeiro estágio tem que ser a entrega à experiência, ao desenvolvimento completo dos acontecimentos. Isso é mais fácil dizer do que fazer, é claro, mas quando aprendemos a proceder dessa maneira, podemos escolher conscientemente de prosseguir. Então, em vez de ser vítima do sofrimento ou fracasso, temos sempre a possibilidade de nos perguntarmos: O que há de bom em tudo isso? O que posso aprender com essa situação?
As crises que enfrentamos na vida, embora não consigamos ver isto com muita clareza no momento em que ocorre uma crise, servem como impulsos genuínos que nos elevam a uma nova fase de desenvolvimento. As crises ocorrem habitualmente quando ainda estamos presos a um tipo de comportamento ou de crença ultrapassados, que deixaram de ser realmente úteis para nós e dos quais seria melhor se libertar. Geralmente, uma espécie de medo não nos deixa fazer isso. Então, começa a existir um acúmulo de energia e, se continuamos resistentes à mudança, entramos numa crise. É como se a crise, ou pelo menos sua energia, se originasse no superconsciente e de repente "batesse à porta" da personalidade. Podemos abrir ou resistir, e quanto mais resistimos, maior a quantidade de energia acumulada, até que, por fim, a porta é arrombada e acaba se abrindo de qualquer maneira. Assim surgem as crises.
Qualquer nova energia que tente emergir a nível consciente tem que ser primeiramente aceita e, depois, enraizada e expressada. Frequentemente, evitamos fazer isso porque sentimos medo. Podemos até não aprovar a situação em que estamos, mas preferimos encarar o diabo, que já é nosso conhecido, do que assumir o risco de explorar o desconhecido. Criamos bloqueios que impedem a manifestação dessas novas energias emergentes, bloqueios que nada mais são do que o medo da mudança. Logo, a energia gerada durante um processo de crise é, na realidade, nossa energia de sobrevivência que se caracteriza como resistência a uma nova experiência. Só quando nos aprofundamos o suficiente no processo é que percebemos que a nossa sobrevivência requer a mudança. Aí, conseguimos aceitar a nova situação e prosseguimos.
Frequentemente, o aspecto mais importante deste trabalho não é o que está acontecendo, mas nossas reações aos acontecimentos - portanto, pare e enfrente, seja lá o que for. Ao mesmo tempo, procure se desidentificar da situação para obter uma melhor perspectiva e uma noção da proporção exata de seus problemas. Avalie tanto os sucessos quanto os fracassos pelo que eles são - eventos que participam do seu desenvolvimento. Procure adquirir uma noção de perspectiva e proporção ao considerá-las; sempre perguntando a si mesmo: Quais são as minhas opções? Como posso fazer uso dessa situação para ampliar meu potencial criativo?
A transformação da energia
Se não aceitamos o sofrimento, os fracassos e as crises que enfrentamos ao longo da vida, frequentemente acabamos acumulando uma quantidade de energia que pode chegar a ser descarregada de maneira errada. Podemos nos tornar extremamente agressivos, por exemplo, e explodir por qualquer coisa, de maneira totalmente desproporcional ao que está realmente acontecendo. Ou nossas inseguranças, agressão e sofrimento podem ser projetados em outras pessoas, especialmente nos membros da familia, amigos e colegas de trabalho.
Todos nos temos a tendência, nesse tipo de circunstâncias, de projetar nos outros nossas próprias atitudes, impulsos e sentimentos. Por exemplo, se nos sentimos hostis com relação a alguém, é comum projetarmos a hostilidade que sentimos nessa pessoa e acharmos que ela é quem é agressiva conosco, nunca somos nós os responsáveis. Em conseqüência, ficamos na defensiva e nos sentimos ameaçados. Inicia-se um círculo vicioso. Se conseguirmos perceber que isso está acontecendo, devemos nos esforçar para "reassumir a projeção".
Temos que aceitar a verdade básica da vida de que tudo depende das nossas atitudes e determinações. Se somos agressivos com uma certa pessoa, ou se achamos (correta ou incorretamente) que alguém é agressivo conosco, o único jeito de mudarmos essa situação é através da nossa própria mudança. Temos que perceber que a nossa vontade é livre e que podemos decidir ser o que somos sem ter que fazer exigências e imposições a outras pessoas, sem projetar nossos "grilos" sobre elas. Só assim conquistamos liberdade para nos relacionarmos com essas pessoas de uma maneira mais harmoniosa, mais centrada. Quando procedemos dessa forma, observamos frequentemente que a situação se modifica e o conflito é resolvido.
A eficiência desse método pode ser surpreendente. Por exemplo, às vezes, tudo o que precisamos fazer é compartilhar o que estamos sentindo com as outras pessoas envolvidas. Se somos honestos e expressamos livremente os medos, sentimentos e pensamentos que nutrimos a respeito do conflito ou problema, constatamos que a energia se tranforma. De repente, já somos amigos outra vez, dividindo o compromisso comum de todos os seres humanos - ser sozinho e individual em essência e, simultaneamente, conectado a tudo e a todos. Esses momentos de verdadeira realização espiritual, que podem advir dos gestos mais simples, como falar sobre os nossos sentimentos, têm o poder de enriquecer e transformar nossa vida.
O mais importante disso tudo é constatarmos que existe um meio saudável de descarregarmos as energias acumuladas. É o mesmo no caso de uma agressão física. Não é necessário dar meia-volta e ir à casa do indivíduo tomar satisfações, por exemplo, e se atracar com ele - podemos descarregar toda essa maldita raiva em uma almofada. A satisfação gerada por esse ato, associada à real descarga de energia física, ilumina nossa consciência e nos estimula a prosseguir com escolhas mais claras e maior noção do que somos e fazemos.
Exercício: A consagração do obstáculo
Escolha um lugar onde você possa se sentar e ficar completamente relaxado, mas não a ponto de cair no sono. Respire profundamente e procure se centralizar, da forma que achar melhor.
Procure se lembrar de um momento recente que lhe tenha provocado sofrimento ou fracasso. Considere essa experiência profundamente, recorde-se dela com todos os seus detalhes, todos os pensamentos, sentimentos e sensações que isso tudo lhe causou. Permita-se realmente reviver o sofrimento associado a essa experiência.
Agora, imagine-se saindo desse quadro mental. Observe todos esses elementos de fora. Diga em voz alta: "Abençôo esse medo (ou qualquer outra coisa que tenha representado o sofrimento ou fracasso experimentados)".
Continue analisando os componentes dessa experiência, como se você fosse um observador desligado do sofrimento, fracasso, etc. Reafirme a sua consagração, em voz alta, mais algumas vezes. Enquanto faz isso, veja e sinta a memória dessa experiência se modificar. As circunstâncias se tornam mais leves e você está bem menos ligado a esses acontecimentos passados.
Conscientize-se de tudo que aprendeu ao executar o exercício proposto acima. Agora, você está livre e desimpedido, tome a decisão de prosseguir.
Will Parfitt      
O artigo acima foi extraído do livro "Psychosynthesis – The Elements and Beyond” de Will Parfitt, Ed. PS Avalon, Glastonbury, Inglaterra – 2003. Veja também o livro em português “Elementos da Psicossíntese" de Will Parfitt, Ed. Ediouro, Rio de Janeiro - 1990