terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Seu peludo não vai para as olimpíadas mas ele pode ganhar Medalha!




Texto reproduzido na íntegra

Tem coisas que a gente acha que nunca vai acontecer conosco.
Ser roubado. Bater com o carro. Ser o último a saber. Perder alguém muito querido...

Embora a gente não imagine que um dia iremos nos deparar com uma situação destas (e tomara que nunca nos deparemos mesmo!), elas acontecem todos os dias, com milhares de pessoas.

Mesmo “sabendo” que nunca seremos assaltados tomamos cuidados para não sermos pegos de surpresa por pessoas suspeitas, e evitamos lugares e horários perigosos. Tomamos cuidado ao dirigir e ficamos mais atentos quando as condições do tempo e das estradas não são favoráveis. Mas o que fazemos quando o nosso receio é perder alguém querido?

Se estivermos falando da perda definitiva de alguém a quem amamos, da morte, muitas vezes não há muito mesmo o que fazer, a não ser viver intensamente os dias que ainda temos para viver. Mas existe uma outra forma de perder alguém querido, que também não pensamos que vai acontecer conosco, que também acontece com milhares de pessoas todos os dias, mas que felizmente podemos tomar uma providência muito simples para evitar que essa perda seja definitiva. Estou falando dos nossos peludos que fogem, se perdem e não têm como achar o caminho de casa.

No Brasil não temos estatísticas sobre quantos cachorrinhos se perdem por dia, mas podemos ter certeza de que são milhares todos os meses. Basta olhar os peludos abandonados na rua para imaginar se eles já tiveram uma casa, uma família, carinho, conforto... São tantos cães a mercê da sorte passando fome, sede, frio, medo, maus-tratos, atropelados ...

Muitas vezes eles parecem verdadeiramente perdidos e desorientados. Alguns até carregam um coleira velha no pescoço, mas nenhuma identificação que permita devolvê-los para seus donos originais. Se o peludo der muita sorte pode ser recolhido por uma nova família que vai tratá-lo bem, mas não é isso que acontece com a maioria.

E pensar que todo esse sofrimento pode acabar com uma simples Medalha de Identificação. Uma plaquinha simples, com um nome e um telefone, pode fazer com que seu cão volte para casa em segurança, o mais rápido possível. Mas a gente sempre acha que isso nunca vai acontecer com a gente. Nossos cães nunca vão fugir!
Mas eles fogem!

Para ser realmente efetiva a Medalha de Identificação deve estar no pescoço do seu peludinho 24 horas por dia, todos os dias, pois para fugir não há hora marcada.

É importante que a medalha esteja em perfeita condição de leitura, com os telefones atualizados e bem presa à coleira dele.

Aliás, nunca deixe enforcadores no pescoço do seu cão sem supervisão, pois, se eles se prenderem a algum galho ou saliência, seu bicho pode acabar realmente enforcado. Para o dia-a-dia use sempre uma Coleira de Nylon, bem resistente e leve.

E se você está pensando que seu peludo, ou peluda, nunca vai fugir porque ele lhe ama incondicionalmente, veja que os motivos mais comuns para um boa escapada não estão relacionados à falta de amor e de “gratidão” do seu bicho, mas muitas vezes as razões são puramente hormonais ou instintivas

OS PRINCIPAIS MOTIVOS PARA OS PELUDOS SAÍREM POR AÍ SÃO:

  *A cadela está no cio, ou o macho sente o cheiro de uma cadela no cio pela vizinhança.

 *O instinto de caça é muito forte ou seu peludo é muito curioso e quer reconhecer o território, principalmente se for um cão jovem;

* Por medo de trovoadas, fogos, ou mesmo ansiedade de separação (medo de ficar sozinho);

 *A família se mudou para um novo endereço e o cão foi recém introduzido a um novo território;

 *O cão sai à procura de seus donos que viajaram e estão fora de casa por vários dias consecutivos;

*O cão está em uma hospedagem ou local que não reconhece como seu território ou a casa de sua família humana;

 *Cães velhinhos ou doentes tendem a ficar desorientados com maior freqüência e podem se perder mesmo em trajetos e lugares que eles sempre frequentaram;

 *Mesmo sem que os donos saibam o cão pode estar sofrendo maus-tratos por alguém que frequenta a casa;

Além de ter sempre uma medalha de identificação no seu peludinho, não custa nada ter alguns cuidados extras para evitar que ele saia de casa e acabe se perdendo.

 Se a sua casa é do tipo que tem “entra e sai” de gente o tempo todo e o portão dá direto para a rua, considere colocar um segundo portãozinho. Pode até ser um portão removível como o Tubline. A ideia é que as pessoas tenham que abrir um portão e fechá-lo atrás de si, antes de abrir o outro. Assim fica mais fácil de controlar os peludos que gostam de forçar sua passagem por meio das nossas pernas.

 Nos dias de jogos de futebol, festas de fim de ano, ou comemorações com fogos, coloque seu peludo para dentro de casa. Deixe-o ficar em um lugar quietinho, com água disponível e uma caminha. Tome cuidado com janelas e portas de vidro, pois alguns cães ficam tão desesperados que tentam atravessar estas portas. Alguns cães se sentem melhores em lugares bem pequenos (um quartinho, ou debaixo de algum móvel). Outros vão se comportar melhor se tiverem liberdade para correr e latir. Observe seu cão e escolha o melhor lugar para ele ficar.

 Se o peludo fica em canil considere telar toda a parte de cima, mesmo que tenha telhas. Tem muito cachorro que escala as telas do canil e foge empurrando as telhas.

 Considere com carinho a possibilidade de castrar seu amigão se você não pretende ser um criador. A castração traz, em média, mais 3 anos de vida saudável para ele ou ela. O cio é um dos grandes causadores de fugas, seja por parte da fêmea que precisa encontrar um parceiro, ou por parte do macho que sai para a “farra” e se perde no mundo. Lembre-se que o ciclo reprodutivo dos cães não está relacionado com a afetividade, como acontece com os humanos, mas é apenas uma manifestação hormonal. Seu cão vai viver muito mais e muito mais feliz se ele for castrado. É verdade! Pergunte a qualquer pessoa que tem um cachorrinho castrado e você vai ver como todos ficam muito mais felizes e nunca tem arrependimento envolvido.



 Não deixe seu cão sair para passear sozinho. Deixar a porta aberta para ele ir dar a sua voltinha sem a companhia de um humano pode parecer conveniente e prático, mas coloca seu cão a mercê de inúmeros riscos. Ele pode se perder, ser roubado, ser atropelado, ser atacado por outro cão. Uma voltinha com você vai fazer muito bem para os dois.

 Se você se mudou recentemente apresente seu cachorro para o porteiro do prédio ou condomínio e peça para ele segurar seu cão, caso o peludo apareça por lá sozinho. Você pode até deixar uma pequena guia e um potinho de biscoito de cães para ficar mais fácil para o porteiro pegar o bicho.

E O QUE FAZER SE O SEU PELUDO SUMIR?

    Não perca tempo. Assim que você se der conta que seu cão não está por perto saia imediatamente para procurá-lo. Quanto mais cedo você for atrás dele, maiores serão as chances de encontrá-lo. Quase 39% dos cães são encontrados nas primeiras 24 horas.

 Não restrinja a sua área de busca a poucas quadras em torno da sua casa. Cerca de 33% dos cães são encontrados entre 2 e 4 km de distância de sua casa.

 Enquanto você vai procurando avise a todos os pet shops, clinicas veterinárias, casa de ração e pessoas conhecidas que você for encontrando pelo caminho.

 Peça ajuda para alguém da família para já ir imprimindo alguns folhetos ou cartazes com a foto do seu pequeno, nome e telefone de contato. Cole estes folhetos em pontos de ônibus, pontos de taxis ou vans, padarias, farmácias, bancas de jornal e em postes (principalmente perto de clínicas veterinárias e escolas). Não coloque todos os detalhes que possam identificar seu cachorro, como por exemplos marcas e cicatrizes, para você poder eliminar possíveis enganos ou má fé das pessoas. Considere colocar um aviso de recompensa pela devolução do seu amigão. Cerca de 69% dos cães são encontrados com a ajuda de outras pessoas.

 Vá nos abrigos de cães próximos e também no Centro de Controle de Zoonose (CCZ) da sua cidade. Deixe seus dados e de um amigo ou parente para contato.

(estatísticas retiradas do site http://www.encontre-me.org)


E O QUE VOCÊ DEVE FAZER SE ACHAR UM CACHORRINHO?

    Em primeiro lugar, por favor, não ignore um cachorro que parece perdido na rua. Você pode ser a única chance que ele tem de se manter vivo e voltar para a casa.

 Se você acha que um cachorro parece perdido e confuso tente se aproximar com calma. Se agache e chame-o na sua direção. Procure olhar de lado para ele, evite encará-lo nos olhos e ofereça sua mão para ser cheirada. Nunca vá colocando a mão diretamente no bicho, principalmente se ele estiver machucado, assustado e arredio. Dê um tempo que o mais provável é que ele se aproxime de você aos poucos e deixe ser tocado. Experimente usar alguma comida como atrativo.

 Se for preciso use o seu cinto para improvisar uma coleira. Procure falar palavras carinhosas enquanto mostra a coleira improvisada. Cachorros perdidos costumam demonstrar muito boa vontade com pessoas que querem resgatá-los.

 Verifique se o peludo tem uma Medalha de Identificação. Se este for o caso entre em contato imediatamente com o telefone informado. Deixe recado se ninguém atender o telefone, pois as pessoas podem estar na rua procurando o peludo.

 Se não tiver nenhuma tatuagem procure um veterinário que tenha um escâner e verifique se o cachorro tem algum microchip. Hoje em dia é bastante comum que cachorros de raça tenham microchip sob a pele. Este microchip possui informações que podem identificar o dono do bichão. Verifique se ele não tem também uma tatuagem (normalmente na orelha ou na parte interna da coxa). Tanto no caso da tatuagem como no caso do microchip será interessante entrar em contato como Kennel Clube da sua cidade para obter com eles a possível identificação do animal e do seu dono.

 Avise aos pet shops, veterinárias, casa de ração e vizinhos da sua região. Considere colocar cartazes em locais bem movimentados avisando que um cão foi encontrado, mas não coloque todas as características do bichinho. Todo esforço vale a pena para tentar encontrar o dono do peludo.

Se depois de todos os esforços ninguém aparecer e você decidir ficar com ele, redobre o cuidado porque provavelmente ele tentará fugir várias vezes antes de se sentir em casa e confiante. Não é incomum que o cão tente voltar para sua casa original por uns 4 meses depois de já ter sido recolhido. Isso não quer dizer que ele não lhe ame, nem que é “ingrato”, é apenas um instinto natural de tentar voltar para a sua matilha. Tenha paciência e seja gentil com o peludo que ele acaba sossegando.






E depois que seu peludão já estiver equipado não se esqueça de verificar periodicamente o estado da medalha do seu amigão.

Ela ainda está legível? Não tem perigo de quebrar? A argolinha ou fecho ainda está bem firme para ela não cair?
Se você costuma viajar bastante, ou se o seu celular costuma ficar em uma área que não pega bem, considere colocar o telefone de um parente ou amigo que possa agir rapidamente caso ninguém consiga falar com você. Mantenha seus telefones sempre atualizados.

Se o seu peludinho tem alguma condição de saúde que exija atenção você pode colocar este dado na medalha também. Por exemplo: Rex – diabético, ou Floc - cardíaco

Uma Coleirinha com Medalha de Identificação é o presente mais precioso que você pode dar ao seu cão. É a maneira mais simples de você se precaver de um desespero imenso em não saber se vai recuperar seu peludo ou não. É muito fácil e não custa muito.

OUTROS USOS PARA UMA MEDALHA

E não é só com os dados dos peludos que as medalhas de identificação podem ajudar. Elas são valiosas também para identificar outras coisas importantes para nós. Veja alguns exemplos em que a informação do seu nome e telefone evita muita dor de cabeça:

    MALAS DE VIAGEM = as medalhas são muito mais resistentes que etiquetas de papel. Em caso de extravio a companhia aérea saberá como localizá-lo.

 CHAVEIROS = a medalha, além de ficar bonita no seu chaveiro, vai ajudar muito no caso de perda.

 MOCHILAS INFANTIS = Crianças vivem esquecendo suas coisas por aí. Costure também no brinquedo predileto dos pequenos humanos e eles serão devolvidos para vocês.

 IDOSOS OU PESSOAS COM CONDIÇÕES ESPECIAIS = Coloque uma medalha em um cordão se você tem alguém na família que as vezes se sente confuso e pode se perder na rua. Informações sobre as condições de saúde de uma pessoa pode lhe salvar a vida, basta gravar uma palavra chave como "DIABÉTICO", "CARDÍACO", ou "EPILÉTICO", por exemplo, ou o tipo sanguíneo para alertar o profissional de saúde caso haja um acidente. Os modelos CORAÇÃO e REDONDO são ideais para isto.

http://lilianemarques59.blogspot.com.br/2013/12/seu-peludo-nao-vai-para-as-olimpiadas.html

FONTE:http://www.bitcao.com.br/
© Cláudia Pizzolatto
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Religiões




 Retrata apenas minha opinião pessoal


Penso que as Religiões cumprem seu papel e tudo na vida são etapas, uns passam por elas outros escolhem ficar a vida toda. Acho que cada pessoa está onde precisa estar e tudo é uma questão de consciência.

Sabemos que para chegar até Deus não necessitamos de templos, ele está dentro, fora e em todos os lugares Deus permeia tudo o que é, mas nem todos sentem assim, precisam de "grounding” de algo que os faça aterrar ficar no prumo a sentirem assim também digamos "conectados". Outras pessoas precisam sim de Religiões que as façam parar, sentir medo, culpa e a ideia de pecado para que não saiam por aí fazendo o que não deve e até existem Religiões que tem sido mestres nisso estando aonde existam os seres que precisam de freios.

As Religiões lembram ás pessoas que existe algo maior, é um Religar fomos nós mesmos que colocamos essas chaves pelo caminho são criações humanas. E ser humano também não é ser divino?
Sabemos da existência de fanáticos que usam a credulidade humana para enganar, roubar e corromper e claro existem também os que acreditam, e isso faz parte da trajetória individual de qualquer um, são os aprendizados.

Quando olhamos para trás e percebemos que um dia a Religião foi importante, pois carecíamos de sentir perto de nós aquele “Deus” que parecia tão distante... e que “naquele” momento foi um bálsamo necessário, agradecemos!

Hoje não tenho mais uma Religião, aprendi que ELE é EU, e Eu sou Ele, e é você também, e nesse “Dream Walker” caminharemos todos para uma única direção como células divinas se agrupando, cada uma no seu tempo, mas nunca paradas ,sempre crescendo, aprendendo, sentindo, sendo seletivas, ESCOLHENDO, caindo e levantando, acreditando ou não e RESPEITANDO a caminhada de cada um, cada degrau pois todos vamos na mesma direção no mesmo movimento de tudo o que É, e esse caminho é inexorável, e assim nos transformaremos em UM GRANDE CORPO DIVINO de infinitas possibilidades e belezas, e a ele dou o nome de D’EUS."

 LilianePMarques

CUIDADO COM OS ANIMAIS DURANTE AS FESTAS DE FINAL DE ANO



                                           <3 Meus amores <3


*Hoje vou fazer uma postagem diferente pois acho o assunto relevante.


"Sabemos que todos os anos no mês de Dezembro há um aumento considerável de animais que são perdidos em função dos fogos de artifício que tanto os assustam. Não acredito em animais que "Fogem" de seus donos, mas acredito que eles se assustam por algum motivo. Penso que a melhor arma é a prevenção.

Estamos no inicio de dezembro, da tempo ainda para as pessoas mandarem fazer plaquinhas de identificação para seus animais, pois assim se torna muito mais fácil, pois o animal encontrado será devolvido o quanto antes.

No natal de 2012 fiquei chocada com o numero muito alto de animais extraviados e seus donos desesperados por isso acho que vale muito a pena prevenir.

Ações simples evitam muito sofrimento de todos; animais, seus donos e pessoas que veem os pedidos de compartilhamento nas redes sociais. Nessas datas principalmente, mesmo aqueles donos que saem para passear com seus cães nas guias- identifiquem os seus animais. Conheço pessoas que perderam assim seus cachorros que estavam com a guia aí um barulho brusco de uma moto arrancando e lá se foi o cãozinho correndo apavorado e nunca mais foi encontrado.
Se estiverem na rua segurem firme a guia se estiverem em casa se certifiquem que os animais não terão como sair e mesmo assim os mantenham identificados.
Aqui em casa tenho cinco cães e cada um reage de uma forma nem todos ficam com medo, mas sempre cuido muito. . Aqueles que não puderem colocar uma plaquinha prendam na coleira uma bolsinha com o nome do cão e um telefone celular e pronto.

Vamos curtir as festas sorrir alegremente com a certeza que esse não será o motivo da nossa tristeza amanhã.



Essas medidas são importantes o ano todo!!!!

"Juntos somos fortes, separados apenas mais um”.


Sou grata a você!


Liliane Pinheiro Marques

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sobre a Raiva





A raiva pode ser definida como uma emoção caracterizada pelo sentimento de protesto, insegurança, timidez ou frustração contra uma sensação de ameaça sentida pelo Ego, que se enxerga ferido ou ameaçado. A forma como a raiva será exteriorizada depende de vários fatores, como nível educacional, valores morais e princípios pessoais desenvolvidos durante a constituiçã moral e psicológica do indivíduo. 

Enquanto emoção humana, a raiva não apresenta riscos a quem sente e, teoricamente, não dura muito tempo – todas as emoções são passageiras. Apenas se torna nociva quando é sentida por tempo prolongado, se transformando em rancor, irritabilidade, agressividade, fúria, ira, cólera, ódio, crueldade… Desta forma a cronificação da emoção de raiva pode ser resumidamente sintetizada em uma palavra: agressividade. Entretanto, torna-se necessário diferenciar a agressividade adaptada da não adaptada. A adaptada é um instinto extremamente primitivo, experienciado não apenas pelo ser humano mas também por todos os animais vertebrados. 

A agressividade humana adaptada foi a força motriz que fazia com que o homem primitivo avançasse na direção de um animal para abatê-lo e dele poder se alimentar. Era através da agressividade que ele derrubava árvores e, a partir delas, construía casas, ou queimava a madeira em fogueiras para se proteger do frio e afugentar animais selvagens que poderiam colocar sua vida em risco. Era pela agressividade que o homem das cavernas lutava com o líder de um clã inimigo, que ameaçava a integridade de seu grupo de convívio. Em linhas gerais, a agressividade adaptada foi o combustível que permitiu que nossos antepassados atingissem seus objetivos, enfrentando e transpondo os obstáculos que se apresentavam entre eles e suas metas mais importantes de sobrevivência. 

Entretanto, a não adaptada surge quando, mais do que movida pelo instinto de sobrevivência ou necessidade de adaptação, a agressividade se mostra exacerbada e manifestada em direções não produtivas ou injustificadas. Desenvolida por John Dollard e colaboradores, a Hipótese da Frustração-Agressão propõe que todo sentimento de agressividade tenha suas raízes fincadas na frustração; quando a fonte geradora da frustração não pode ser transformada a contento, surge a agressividade, gesralmente destinada a alvos inocentes ou que não são os responsáveis pela origem do sentimento. Assim, de acordo com esta hipótese, a frustração é a condição primária, na qual existe um objetivo que não está sendo atingido, e a agressividade surge como sentimento secundário à frustração. 

A forma como a agressividade irá se manifestar, como dito anteriormente, depende de uma série de fatores ligados à cultura e valores nos quais o indivíduo foi criado. Em alguns casos, a agressividade não é voltada para fora, e sim para dentro, e em casos extremos pode causar uma série de transtornos. Diversos autores associam os Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo – como por exemplo a tricotilomania ou a compulsão por arrancar fios de cabelo da própria cabeça – a este mecanismo de interiorização da raiva e da agressividade. 

O problema não é sentir raiva. O problema é permanecer sentindo raiva. Qualquer sentimento, quando não evolui e desaparece no mar da impermanência constante a qual todos nós nos encontramos submetidos, vira ressentimento (de re-sentir, sentir novamente). E emoções que se cronificam se tornam poderosas e nos escravizam. A pessoa agressiva pode ter atos impensados e mal-avaliados, podendo colocar a si mesmo e a outras pessoas em perigo. Além disso, se pensarmos na raiva primitiva adaptada – a agressividade que servia de combustível para que o homem primitivo perseguisse um animal ou derrubasse uma árvore – ela era experienciada durante algum tempo e, tendo sido atingido ou não o objetivo principal, desvanecia-se. As consequências biológicas da raiva (aumento do trabalho cardiovascular, descarga de adrenalina no corpo, “cegueira mental” que tem o intuito de fazer o homem enxergar apenas o objeto-gatilho do sentimento, tendo assim sua perseguiçao otimizada) não eram danosas. Quando a raiva se transforma em agressividade e permanece cronificada, o funcionamento biológico correspondente permanece em ação, podendo ocasionar consequências danosas inclusive no campo físico. Por isso diz-se popularmente que “sentir raiva é tomar veneno e querer que o outro morra”: realmente os subprodutos fisiológicos da raiva são tóxicos para o nosso sistema, funcionando efetivamente como um veneno. 

Diante da constatação de que toda emoção de raiva e subsequente sentimento de agressividade possui um correspondente primário na frustração, o caminho mais saudável parece ser, mais uma vez, olhar não para fora, e sim para dentro. O que gostaríamos de obter e não estamos obtendo? O que gostaríamos de estar recebendo dos outros, ou de nós mesmos, e não estamos recebendo? Quais zonas de nossa vida estão nos desagradando? E o que podemos fazer para modificar o que deve ser modificado? Uma série de ferramentas podem ser usadas neste processo, da psicoterapia à meditação, passando pelo uso de florais e até mesmo da cromoterapia no sentido de acalmar nossos sentimentos.

 Devemos agir com responsabilidade perante nossos próprios sentimentos, e usá-los não como desculpa por nossos atos, e sim como importantes instrumentos de navegação que nos auxiliam a atingir nossas metas e superar os obstáculos que, inevitavelmente, surgem como pedras em nosso caminho. Nós temos, sim, esta capacidade.


Flavia Melissa

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Exercitando a paciência





Não adianta! Por mais que, na maioria do tempo, você seja uma pessoa boa, tranquila, da paz, etc... Sempre vão ocorrer situações em que será necessário exercitar a paciência! São milhares de situações que nos testam diariamente: pessoas sem noção, falta de educação, gente folgada, injustiças, o nosso time que perde, o carro que estraga, clientes chatos, falta de tempo, falta de dinheiro, falta de vontade, notícias ruins nos jornais, expectativas frustradas, mudanças de planos, briga com o namorado, desentendimentos com pessoas que gostamos, enfim... São muitas coisas que acontecem todos os dias, o tempo todo e que vão dando uma minada em nossa rotina! Para tudo isso, paciência! Mas, além de paciência é necessário ter postura! Postura pra cortar o mal pela raiz em muitas das situações que acontecem só por que nós permitimos! As pessoas não irão pisar em você a menos que você se deite. Sabe? Pode parecer maldade, egoísmo ou seja lá o que for, mas a pessoa mais importante da sua vida tem que ser você! Então, faça o que você gosta de fazer, fale o que você pensa, não deixe que pessoas te manipulem, te usem, façam com você o que estão acostumadas a fazer com todo mundo que as atura! Não permita que quem quer que seja te tire do sério!
 As vezes não percebemos o quanto coisinhas pequenas podem se tornar problemões pra nossa saúde física, mental, espiritual! Procure ser uma pessoa de essência e não de aparência, tenha personalidade, cuide de você e tente ao máximo se afastar de situações que não te tragam alegria, não podemos perder tempo com quem não compreende que cada um tem que cuidar da sua própria vida e que ninguém é responsável por atos, sonhos, desejos, frustrações alheias! Respire fundo, tire um tempo pra você, caminhe sozinho, escute sua música favorita, desabafe e seja sincero... Não deixe que a pressão do dia-a-dia ganhe mais espaço do que a felicidade em sua vida!

Pati Georg

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Felicidade





Definir felicidade é uma tarefa árdua e que vem sendo objeto de estudo há séculos. A Biologia, Psicologia, Filosofia e as Religiões tentam, há muito, descrever o que afinal de contas é felicidade, e quais são suas fontes e origens.

Resumidamente, podemos tratar a felicidade como um estado mental ou emocional de bem estar, caracterizado por emoções positivas ou agradáveis. Várias vertentes de pesquisa, incluindo a Psicologia Positiva, buscam estabelecer métodos científicos para a mensuração da felicidade; entretanto, a busca continua, sem que resultados satisfatórios tenham sido encontrados.

A principal dificuldade em desenvolver esta almejada “Ciência da Felicidade” parece ser a grande batalha que é descrever o que causa a felicidade, e a total subjetividade de suas raízes. Algumas pessoas se sentem felizes por determinados motivos, mas estes motivos não se aplicam a todos os grupos de pessoas. Aparentemente, as causas da felicidade são tantas quanto são as naturezas humanas – infinitas e imensuráveis.

Atingir um estado de felicidade se torna, assim, tão complexo quanto o próprio psiquismo humano o é. Felicidade pode ser confundida, por alguns, com dinheiro. Por outros, com beleza. Alguém pode se sentir feliz diante de um belo pôr do sol, enquanto outros a resumem a um prato de comida. Assim, a felicidade enquanto objeto Uno, passível de ser alcançado por todos, não existe. Absolutamente como tudo na vida, a felicidade também é relativa, e depende de inúmeros fatores – sociais, culturais, econômicos e de sobrevivência. Em nossa sociedade atual, caracterizada pelo consumo, a felicidade é constantemente associada a adquirir algo que ainda não possuimos: a casa na praia, o mais moderno computador, o brilho no cabelo, a barriga perfeita,, a televisão de tela plana de alta definição. E, sendo projetada para o que existe fora de nós, a felicidade sempre durará muito pouco, pois sempre existirá uma casa maior, mais bonita, em uma praia mais bela. Sempre inventarão um computador mais avançado, uma televisão maior, uma nova moda nos cortes de cabelo ou um padrão de beleza mais idealizado.

O sonho humano de felicidade é, assim, irreal e ideal, moldado pela sensação de conforto e prazer, e tais noções mudam com o passar dos anos e com a fase de desenvolvimento pessoal e amadurecimento psicológico de uma pessoa. Quando perseguimos determinado objetivo e o conquistamos, nos sentimos felizes; mas esta felicidade não corresponde, no entanto, ao sentido profundo e à magnetude dos quais a idéia de felicidade é revestida.

Se você continua na busca pela sua felicidade, procurando a última peça do quebra-cabeça que se encaixará formando a imagem de felicidade e dando sentido à tudo no jogo da vida, reflita: você já passou a maior parte da sua vida fazendo exatamente isso. Você, eu e todos os seres humanos que existem – tirando uns poucos iluminados – passamos a maior parte de nossos anos de existência perseguindo o ideal da felicidade duradoura. Nunca conseguimos entender, entretanto, que essa busca vem sendo nossa maior inimiga, e que quanto mais perseguimos a felicidade, mais nos distanciamos dela.

A felicidade duradoura é uma meta impossível, pelo simples fato de que absolutamente nada na vida é permanente. Assim como as estações do ano se sucedem em um ciclo sem fim, as nossas células se renovam a cada instante. A vida é sinônimo de mudança, portanto, as coisas nunca permanecerão sem se transformar, e nós sempre estaremos nos adaptando a estas transformações: tudo o que existe nasce, cresce, amadurece, deteriora e morre. Nenhuma emoção ou sentimento é duradouro. Com a felicidade não seria diferente. Ela sempre estará a ir e vir.

Além disso, tudo que chega a seu extremo imediatamente começa a se transformar em seu oposto. É assim com o Sol, que ao atingir seu ápice no céu ao meio-dia, imediatamente passa a diminuir, dando espaço à Lua. Também as águas que se evaporam e sobem aos céus: quando atingem o máximo de condensação das gotículas, elas se tornam pesadas e caem de volta na Terra. Assim é também conosco: depois de nos tornarmos adultos maduros, começamos a envelhecer, e um dia morreremos. O outro lado da felicidade é a tristeza: alcançar a felicidade máxima é, também, começar a caminhar na direção da tristeza.

Não precisamos atingir uma felicidade duradoura. Ela não precisa ser duradoura, maior, permanecer conosco durante toda a eternidade. Precisamos de contentamento, precisamos de satisfação com nossas vidas – o que não implica na noção de perfeição. A vida não precisa ser perfeita para ser boa. Você não precisa ser perfeito para ser bom. Você precisa ser você: sonhar seus sonhos e caminhar na direção dos que deseja transformar em realidade. Pedras vão surgir no caminho e, diante delas, podemos fazer duas coisas: ou nos lamentamos e desistimos de caminhar, achando que porque a pedra está ali o caminho não é bom o suficiente… Ou tiramos a pedra do caminho, mesmo que dê um pouco de trabalho. Podemos guardá-la em algum lugar e, mais para a frente, nos utilizar dela para fazer fogo, junto com um graveto. Ou para construir um castelo.

O que estou sugerindo é: reconheça a dor. Acolha a dor: ela é inevitável. A frustração é inevitável, mas não devemos evitá-la, e sim abraçá-la, aprender com ela. A frustração faz parte de quem somos, diz sobre nossos sonhos e metas e pode nos ajudar a crescer; basta que a exploremos e ouçamos atentamente o que ela tem a nos dizer. Isto é contentamento: aceitar a vida como ela é. Quando aceitamos a vida como ela é, e as coisas como elas são, aceitamos a nós mesmos como somos – com nossas qualidades e defeitos.

Felicidade é isso: é o que é. É amar o que é, e a infelicidade é não amar o que é. Quando aceitamos o que é, não somos felizes por causa de coisas, e sim apesar das coisas. Descobrimos que a felicidade não é o destino, mas sim o próprio caminho – o ato de caminhar.


Flavia Melissa
http://flaviamelissa.com.br/

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Eu acredito em milagres








Por Flavio Siqueira,

Eu acredito em milagre. Aliás, eu os vejo todos os dias, o tempo todo.

Quando saio da cama e olho pela janela, tudo escuro, o som dos pássaros que acordam, a brisa gelada da manhã.

Só o milagre explica a sensação de fechar os olhos e sentir o mundo inteiro pulsando dentro de mim, o universo que vive em minha mente, as possibilidades e variações que existem em cada movimento.

Eu acredito em milagre.

Quando vejo meu filho crescendo, quando sinto amor e vontade de ser alguém melhor. Quando enxergo meus limites e tento superá-los na minha eterna luta por ser mais do que a media convenciona que é bom.

Acredito no milagre continuo, presente, natural, que está no que chamo de simples e, talvez por isso, nem sempre enxergo.

O milagre mora em mim. Sou um milagre quando vejo, sinto, me movimento, falo. Quando, falho, finito, boneco de carne que sou, me deparo com uma chama que me transcende, não se prende ao tempo ou ao espaço e que mora dentro de mim, dizendo o tempo todo que sou mais do que um esqueleto que sustenta um monte de orgãos, carne e sangue.

Milagre não é o espetáculo. Sagrado não é o que a gente determina.

O milagre está em mim, está em nós, sempre, cedinho, nos primeiros movimentos da manhã e no ultimo suspiro do anoitecer, continuamente e a gente nem vê.

O milagre é natural e irrestrito. O Sagrado está em todo o lugar.

Acredito no milagre da vida, esse breve lapso de existência que caminha para o apodrecimento do corpo, mas que não me cessa, não me prende, nem me convence que um dia terminará. Só o milagre explica o jeito que, apesar dos pesares, sou remetido dia e noite para um lugar onde não caibo, mas que estranhamente cabe dentro de mim.

Hoje sei que não há sequer um momento em que a vida deixa se movimentar, criando um fluxo que me trás de volta a mim mesmo. Como o corpo que se cura depois de um corte, a natureza que renasce depois do incêndio, o fluxo natural é sempre ao encontro de nossa essência, na regeneração de nossa consciência.

Quanto a mim, apenas enxergo. Esse é meu único papel : Abrir os olhos, desintoxicar os sentidos, alimentando a percepção que me traz de volta para casa, lembrando dia e noite que o milagre está em mim, que o milagre sou eu.


Flavio Siqueira
http://flaviosiqueira.com

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

SUA MELHOR VISÃO




O que você faria se descobrisse que o propósito dos relacionamentos, tem a ver principalmente com o que você dá as pessoas ?

Cada relação, seja com gente ou mesmo com as diversas situações da vida, são na totalidade oportunidades. Pense nisso. Não é o que você ganha, o benefício que terá, as vantagens que virão, mas a possibilidade de expressar-se e, então, enxergar quem verdadeiramente você é. Somente enxergando-se sem máscaras será possível melhorar.

Estranho não? Mas é assim que as coisas muitas vezes aparentam ser: estranhas. Para você se relacionar consigo mesmo é preciso aprender a relacionar-se com o outro, sem interesses, com a intenção genuína de ser solidário às suas causas, presente quando necessário.

Quando age com seu marido, esposa, filhos, amigos, colegas de trabalho, mesmo com os anônimos que cruzam seu caminho, servem seu café, limpam seu chão, manobram seu carro, quando se relaciona com o mundo, na verdade está tendo a incrível oportunidade de se enxergar a partir do que expõe.

Objetos de relacionamento, são veículos que permitem que você expresse o que lhe habita.

É como se todos os dias você tivesse várias oportunidades para colocar para fora o que sozinho não vê e, então, melhorar-se.

Se quiser ter uma boa relação com as pessoas, não espere nada delas, não cobre nem acumule expectativas pensando que, seja quem for, aquela pessoa tem alguma condição de te fazer feliz. Simplesmente ame, ame e ame e, assim saberá quando é hora do sim e quando é hora do não,  de dar e receber, de ir ou voltar; dará o melhor, sem angustias, sem cobranças, olhando para o outro como uma possibilidade de mostrar-se verdadeiramente, permitindo ao próximo reconhecer-se a partir da melhor versão de você mesmo.

Flavio Siqueira
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